Se por um lado a dica é para que a pessoa resista esse impulso que diz que ao começar a estudar algo ela já sabe tudo o que tem para saber e persistir ali estudando e obtendo conhecimento e recebendo feedback de pessoas que sabem mais do que ela, se por um lado a dica é essa, por outro lado existem pessoas que a frase dela é só sei que nada sei. Existem pessoas que a frase dela é só sei que nada sei. Nunca é suficiente esse sentimento que na psicologia é chamado de um distúrbio, é chamado de uma síndrome do impostor, né? É de fato uma desordem psicológica que faz com que a pessoa simplesmente não consiga ver valor em si mesma, se sente insuficiente, se sente incapaz. E mais do que isso, para essa pessoa, todo sucesso que ela atinge, todos os resultados que ela tem, não é nada mais, nada menos do que uma mera coincidência, ou culpa de outras pessoas, ou culpa de que os astros se alinharam, e não fruto do seu próprio trabalho e do seu conhecimento. Então a pessoa se coloca numa posição se rotulando como alguém completamente incapaz. E esse sentimento, ele vai minando as suas forças e a sua energia de uma maneira extremamente negativa, podendo te levar a alguns comportamentos como, por exemplo, tentar trabalhar mais do que o normal, ou estudar mais do que o normal, mas num ritmo tão intenso, tão intenso, para conseguir sanar essa distância de conhecimento que você acredita ter na sua cabeça, mas que talvez não seja real ou seja extremamente exagerada. E sabe onde isso pode levar essa pessoa? E sabe onde isso pode levar essa pessoa? Pode levar a pessoa ao burnout. Porque ela está com uma imagem distorcida a respeito dela. A gente chama isso de o erro de calibração do altamente competente. Então a síndrome do impostor, ela começa a gerar ali uma dificuldade de evolução para a pessoa que já possui o conhecimento então por um lado a gente tem uma pessoa que deixa de evoluir porque ela acha que ela sabe tudo e por esse lado essa pessoa também deixa de evoluir por acreditar que ela é completamente insuficiente e aí ela então se limita ela começa a recusar oportunidades ela começa a ter um posicionamento e falas a respeito dela mesma de desvalorização. E ela começa, ela nem precisa que alguém fale algo ruim e arranhar a imagem dela, ela começa a arranhar a própria imagem diante das pessoas. Então alguém vem e fala como aquela pessoa possui um determinado conhecimento, ela mesma se diminui. Ela mesma passa para os outros o entendimento de que na realidade ela é uma farsa, ela é uma fraude. Ela sente isso até ela começar a verbalizar e externalizar isso para outras pessoas. Então esse é um tipo de distúrbio, de comportamento que atinge muitas pessoas, a síndrome do impostor. E tem efeitos muito sérios no médio, no curto e no médio prazo. Essas pessoas começam a ficar extremamente estressadas, extremamente ansiosas, pode levar a um certo burnout, pode levar ao burnout, né? Sendo que no Brasil a gente já é, se não me engano, a gente está no segundo lugar do ranking mundial em termos de burnout, tá? É um assunto super sério, um assunto super importante, mas não começa no burnout. O burnout é a ponta do iceberg, né? Ele é o resultado de uma dificuldade emocional de lidar com algo mais profundo dentro de você. Então, quando você, se você perceber que você possui algum desses dois extremos, principalmente esse segundo, você precisa aumentar o seu autoconhecimento a respeito de quem você é, de como você se enxerga. Você precisa trabalhar a sua autoconfiança, você precisa trabalhar a sua autoestima, você precisa... Você pode, por exemplo, se utilizar de feedbacks sinceros de pessoas que estão ao seu redor e acreditar nesses feedbacks sinceros. De pessoas que possuem o conhecimento, pessoas que você admira, pessoas que você sabe que vão ser verdadeiras com você. Perguntar para elas a respeito, olha, eu sinto que eu não tenho conhecimento nenhum, eu estou sofrendo com isso, está me gerando ansiedade, está me gerando estresse. O que você pode me dizer a respeito do meu trabalho, do meu conhecimento? E aceite o que essas pessoas estão falando, essas pessoas que te amam, que você sabe que são próximas, que não vão estar falando algo só para te agradar, mas que também não vão falar algo para te machucar. Então, esses dois lados da mesma moeda, desse efeito Dunning-Kruger, eles precisam ser trabalhados para que você possa chegar no que, dentro do gráfico do efeito Dunning-Kruger, é aquilo que a gente chama de mastering. Então, no começo, a gente passa por esse erro de calibração, de achar que a gente sabe tudo, porque a gente justamente está no começo. Depois, a gente acha que a gente não sabe nada, porque quanto mais a gente estuda, mais a gente percebe que o universo de conhecimento é gigantesco, e aí você começa a falar, meu Deus do céu, principalmente em tecnologia, de conhecimento, ele é gigantesco e aí você começa a falar, meu Deus do céu principalmente em tecnologia, isso acontece muito e tem outros efeitos que estão atrelados a isso, como o FOMO F-O-M-O que é uma outra questão que a gente pode falar em algum outro momento, mas vocês podem pesquisar também na internet se vocês tiverem interesse mas essa dificuldade de lidar com algo que se atualiza tão rápido com esse tanto de informação, meu Deus do céu, tem muita coisa para aprender, tem muito curso para fazer, tem muita habilidade, calma, calma, porque tudo o que vai te gerar essa reação, esse comportamento é estresse e ansiedade, e aí você vai ter dificuldade de lidar com aquilo que você está priorizando no momento, então não não é apenas se organizar, né, mas se organizar, sem dúvida, é algo que te ajuda. Então, eu vou priorizar, eu tenho 24 horas, eu vou ter que escolher alguma coisa, eu vou ter que aprender a dizer não. Então, esses são alguns comportamentos que vão te ajudar a lidar melhor melhor com esses sentimentos e essas dificuldades emocionais de lidar com tudo que você precisa de se desenvolver, com todo o conhecimento que você tem para adquirir e aí então, quanto mais a gente tem autoconhecimento, quanto mais experiência a gente tem, quanto mais conhecimento a gente tem atrelado a uma inteligência emocional eu vou entendendo que olha, de fato, eu possuo um conhecimento X e tenho uma porrada de coisa da qual eu não sei. Eu até costumo dizer, gente, que eu e você podemos, ao longo da nossa vida, ser especialista em um, dois, três assuntos no máximo. Mas existem infinitos outros assuntos dos quais nós somos completamente ignorantes. E nós precisamos aceitar isso. Nós precisamos aceitar que nós somos ignorantes em muitos assuntos. Não é porque uma pessoa estuda há dois, três, cinco, dez anos um determinado assunto, é que ela sabe tudo a respeito daquele assunto. Ela pode ter feito mestrado, doutorado, tem coisas a respeito daquele assunto, daquele universo, daquela grande temática, da qual ela ainda não sabe. E tá tudo bem. Então a humildade, não pode ser a falsa humildade. Ai não, porque eu não sei nada. Ai não, porque eu não sou boa nisso não, que você está dizendo que eu sou boa. Não, não é isso. É a humildade de saber que tem coisas que eu sei e tem muitas que eu não sei. Mas o que eu sei, está tudo bem eu aceitar que eu sei. Está tudo bem eu verbalizar. Não, isso realmente eu domino esse assunto aqui. Está tudo ótimo. E por que nós estamos falando isso no começo desse capítulo porque começamos nesse momento então a falar sobre se permitir ser visto e ser vista, e se você tiver uma dificuldade de lidar com o seu senso de autoconfiança e o senso de conhecimento que você possui, você pode passar uma imagem errada para as pessoas. Ou uma imagem de quem se subestima, ou uma imagem de quem se superestima. E esses dois extremos, esses dois polos, eles podem construir uma imagem, eles podem, infelizmente, prejudicar a construção de uma imagem sólida ao longo da sua jornada tudo bem? faz sentido? algumas reflexões, algumas provocações extremamente importantes pra gente seguir com os próximos passos pra gente poder, então começar a entender como eu posso me permitir ser visto, mas de uma maneira bem prática, a gente se vê na próxima aula