Vamos falar um pouco sobre contexto estratégico, cadeia de valor ou vantagem competitiva e a geração de valor a partir dos dados. Para isso, gente, eu vou compartilhar com vocês um framework bem interessante para começar a nossa conversa nesta sessão. Então, aqui eu trouxe o triângulo da estratégia dos sistemas de informação. O que nós temos aqui é um framework simples para nos ajudar a compreender de maneira formal o impacto dos sistemas de informação nas organizações. Aqui é interessante observar o seguinte, nós temos um triângulo com três vértices, estratégia de negócio, estratégia organizacional, ou seja, a empresa, as pessoas, os funcionários, parceiros, fornecedores, clientes, o seu ecossistema de interlocutores. E também estratégia informacional, como o nome sugere, é onde nós vamos encontrar os dados, os nossos bancos de dados, que é o objeto aqui da nossa disciplina, toda a estrutura de informação que está fluindo na empresa para gerar o negócio, que é um produto ou a entrega de um serviço. Então, a gente já sabe do ponto de vista prático, do dia a dia, do que nós vivemos nas empresas onde nós trabalhamos, que a estratégia de negócio direciona a estratégia organizacional e também a estratégia da informação. A gente tem isso de uma maneira muito natural. Agora, o que esse desenho representa também é que, da mesma forma, atualmente, se nós temos uma mudança na organização nas pessoas que compõem essa empresa nós estamos impactando a estratégia do nosso negócio e estamos impactando também a nossa estratégia da informação e também se nós mudamos a estratégia da informação automaticamente estamos impactando a organização e impactando o negócio. Então, aqui tem uma sutileza que a gente vive no dia a dia, de que ao longo dos anos, da última década, a gente já escutou que dados são o novo petróleo, que dados são o ativo da economia digital, mas a ideia é justamente essa sensibilidade. Informação não está dissociada de organização e nem do negócio então é tudo uma coisa só mexeu no negócio está mexendo em pessoas e informação mexeu em informação está impactando também em pessoas e mexendo no negócio também então a estratégia da informação sempre envolve consequências para o negócio. Além disso, nós temos um tema importante que é a cadeia de valor. Então, aqui eu trouxe um conceito já consagrado da literatura, do Michael Porter, que é o diagrama da cadeia de valor, ou value chain. O que nós temos aqui de interessante para observar esse diagrama ajuda a gente a compreender ea representar como que um negócio transforma os insumos coisas que estão ali na entrada que são trabalhados por meio dos seus processos são endereçados em um mercado vendidos com algum serviço adicional e isso tudo gera um valor agregado uma vantagem competitiva e uma margem então a cadeia de valor nos dá essa compreensão desta transformação de insumos em produtos e serviços por meio de uma organização de uma operação de uma empresa que tem valor agregado como consequência de todos esses passos que são executados na execução desse negócio. Só que aqui tem uma coisa interessante que às vezes a gente também não presta tanto atenção, que é importante. A gente consegue identificar na cadeia de valor o fluxo da informação em um negócio. Pensa na rastreabilidade de toda a informação, dados das pessoas, dos fornecedores, dos processos, tudo isso fluindo na execução de uma operação que está entregando um serviço ou um produto. E, além disso, a gente consegue olhar as atividades específicas e entender o que é vantagem competitiva. Então, aqui nós vamos entender a palavra valor como intercambiável com a expressão vantagem competitiva. Aquilo que faz eu e você preferimos a empresa A sobre a empresa B. O que a gente entende que é melhor. Então, isso é a vantagem competitiva. Então, esses dois elementos iniciais que nós estamos aqui na nossa conversa, cadeia de valor e a estratégia de negócio da organização e da informação, esse contexto é importante para a gente compreender por que é tão crítico trabalhar com informação e consequentemente com banco de dados e essa criticidade é justamente a combinação desses elementos então primeiramente vamos navegar juntos pela pilha da esquerda fazendo a leitura de cima para baixo os direcionadores de negócio são justamente a necessidade de ação. Imagina uma competição contra outras empresas, algumas mudanças regulatórias, mudanças de lei, mudanças econômicas, dolarização da economia, por exemplo, que pode acontecer aí nos países, fusões, aquisições. Em seguida, nós temos os objetivos de negócio, que são resultados esperados, presença do mercado, o nosso market share, retenção de clientes, redução de custo, aumento de receita. Aí nós vamos chegar nas estratégias de negócio, que são os meios para a gente alcançar esses objetivos. Então, por exemplo, estabelecer um preço competitivo, trazer um serviço ou produto inovador, estabelecer um programa de fidelidade, estabelecer um novo canal de venda, se antes era loja física, depois foi para o e-commerce e agora está no celular. E a gente vai chegar nas táticas de negócio, que são as ações da nossa estratégia. Então, se nós definimos, por exemplo, que a nossa estratégia tem a ver com preço competitivo, periodicamente nós temos que verificar o preço dos nossos competidores, para termos certeza de que estamos justamente executando essa estratégia. Se colocamos como estratégia um novo canal de venda, que é o celular, nossa tática tem a entrega de um aplicativo na palma da mão dos nossos clientes para que eles realizem compras. E, finalmente, com tudo isso, nós vamos chegar nos resultados de negócio, que são a contrapartida, os frutos dessas ações que nós tomamos nas táticas de negócio. Então, o preço está competitivo, nós estamos retendo clientes, estamos reduzindo o custo operacional, estamos aumentando receita. Então, tudo isso tem a ver com o pilar da estratégia de negócio. Agora, vem comigo, vamos ler o pilar da direita e a leitura do pilar da direita é de baixo para cima. Nós fizemos a leitura de cima para baixo. Vamos juntos agora começar na parte de dados. Então, aqui você já conhece, mas não custa lembrar, dados. É uma descrição, pode ser um dado quantitativo, qualitativo, mas é uma observação simples, específica, sem contexto, sem significado, quando está isolado. A partir dos dados, nós conseguimos gerar informações. As informações são os dados organizados em alguma unidade de análise. São os nossos dados com contexto, com significado. São fatos, métricas, são os dados enriquecidos com relevância e propósito. Aí nós vamos alcançar o patamar do conhecimento. O conhecimento é a combinação da informação mais instinto, experiência, crenças. crenças. E a partir do conhecimento, nós vamos tomar ações. Só que aqui estamos falando das ações orientadas por dados, ou seja, estou com o meu fundamento que é justamente factual, com aquilo que eu tenho visibilidade que está acontecendo na organização. E essa ação é o que a gente chega no famoso insight. É uma resolução, é uma tomada de decisão. E como consequência de toda a ação, nós temos a reação. A reação é o resultado, uma conquista alcançada, uma descoberta realizada. E aqui vai acontecer a mágica do valor agregado. Valor é vantagem competitiva. Então, quando nós temos os resultados de negócio, encontrando as reações sobre as ações que nós tomamos com o nosso conhecimento, que é baseado na nossa informação, que foi contextualizada a partir dos nossos dados, é onde acontece a geração de valor, a vantagem competitiva, onde acontece a geração de valor, a vantagem competitiva que todas as organizações buscam, pelo menos nas duas últimas décadas, de maneira mais acelerada. E aqui nesse gráfico a gente também pode perceber aonde está o custo. Então, o custo está associado com o dado e a transformação do dado em informação e as necessidades da informação estão justamente na estratégia e na tática de negócio. Então, agora, nós estamos capacitados com o contexto da relevância e da vantagem competitiva que o trabalho com dados permite as organizações alcançarem e, consequentemente, toda a relevância do nosso trabalho com o banco de dados aqui na disciplina.