Para finalizar esse capítulo, nada melhor do que técnicas práticas para o momento do networking. Então, beleza, Thay, topei a sua ideia, já listei alguns eventos aqui que eu quero participar, mas eu sou uma pessoa muito fechada, eu tenho muita timidez, eu tenho dificuldade de dialogar com as pessoas. O que você me recomenda? As minhas dicas são bem práticas. A primeira é você fazer perguntas abertas para as pessoas. Quando você chega e pergunta, Olá, tudo bem? Isso não é uma pergunta aberta. A pessoa vai responder, Tudo bem? Quase que de forma automática. A pessoa provavelmente vai responder sim ou não para perguntas fechadas. Mas se você fizer perguntas abertas, você tem a possibilidade também de ter respostas mais completas, que não sejam apenas monossilábicas, que sejam apenas uma palavra. Então, se você pergunta, por exemplo, como que você está? Como foi o seu dia? Com o que você trabalha? São perguntas abertas, onde a pessoa pode, então, ao responder para você, ela vai te dar algum insumo, alguma informação que você pode utilizar como um gancho para o próximo comentário ou a próxima pergunta que você fizer. Então, por exemplo, com o que você trabalha? Ah, eu trabalho com tecnologia. Ah, é? Com tecnologia? Mas com o que em específico dentro de tecnologia? Porque tecnologia é um universo de possibilidades, de cargos, de profissões. Ah, eu trabalho com desenvolvimento. Com desenvolvimento do quê? Eu também sou desenvolvedora. Então, você começa a utilizar as respostas da pessoa para ganchos para os seus próprios comentários. Então, nossa, a pessoa é desenvolvedora e você também? Ou a pessoa trabalha com tecnologia e você também? Você pode fazer um comentário a respeito de quem você é, que se relaciona com aquilo, então você já começa a gerar empatia e conexão com a pessoa, demonstrando para ela o que vocês têm em comum e já fazendo perguntas de volta, devolvendo perguntas para ela, que demonstre que você tem interesse em saber mais a respeito daquela pessoa. Tudo bem? Essa é uma das dicas práticas. A próxima dica prática é deixar que a pessoa fale dela. O ser humano ama falar sobre si mesmo. Então, utilize esse entendimento e esse conhecimento prático pra fazer com que a pessoa fale mais. Às vezes a pessoa deu uma resposta, você percebeu que ela está afim de conversar, mas talvez ela ainda esteja um pouco mais retraída, você pode utilizar uma frase mágica, que é conta mais. Então, a pessoa começou a falar sobre o trabalho dela e deu uma travadinha, aí você fala assim, me conta um pouco mais a respeito de como é o seu trabalho, me conta mais a respeito do seu projeto, me conta mais a respeito da sua rotina, conta mais. Essa é uma técnica quase que infalível, tá? A próxima dica é chegar sorrindo e também com a postura aberta. O sorriso por si só já é uma dica, então chegar sorrindo num ambiente já demonstra que você está aberto para diálogo. E se você chegar também com a postura aberta, e quando eu digo postura aberta, é você não chegar de braço fechado. Por quê? Porque mesmo que isso não signifique que você está fechado naquilo que tanja linguagem corporal, quando eu vejo alguém de braço cruzado, eu, como uma pessoa que estudou linguagem corporal, eu sei que essa pessoa não necessariamente está fechada. Pode ter muitos motivos para alguém estar de braço cruzado. Pode ser, por exemplo, que ela manchou a blusa dela e ela está tentando esconder aquela mancha. Mas o senso comum, as pessoas de maneira geral entendem que você está fechado. Então, quem estuda linguagem corporal não vai olhar pra você e, pura e simplesmente porque você está de braço cruzado, achar que você está fechado para diálogo. Mas, quantas pessoas de fato são estudiosos profundos sobre linguagem corporal? Não. A maioria se utiliza do senso comum. E o que o senso comum diz? Que uma pessoa que está num canto, num ambiente de braço cruzado, é uma pessoa que está fechada para diálogo e aproximação. Então, evite qualquer postura fechada. Esteja aberto, esteja aberta. Beleza? Com o seu sorriso e com a sua postura. E a minha última dica, minha última recomendica, minha última recomendação de técnica pra ser usada em momentos de conexão com as pessoas, de networking, é chamar as pessoas pelo nome. As pessoas amam serem chamadas pelo nome. Então, tente descobrir o nome da pessoa. Se ela tá com o crachá, leia o crachá e chame ela pelo nome. Ah, prazer em conhecê-la, Fernanda. Prazer em conhecê-lo, Cláudio. Muitas das vezes, quando você busca saber o nome da pessoa sem que ela tenha dito, isso gera até mesmo uma sensação de satisfação na outra pessoa tão grande que você não tem ideia. Às vezes algumas delas até reagem falando assim nossa, como você sabe meu nome? Por quê? Porque você se preocupou em saber o nome daquela pessoa, porque quando você chama a pessoa pelo nome, o nome faz parte da identidade de quem nós somos. E quando nós somos chamados pelo nome, nós somos por dentro, né? Nós entendemos, nosso cérebro entende que nós estamos sendo tratados de maneira personalizada e única. Nós não somos só mais uma pessoa. Nós somos, no meu caso, Thaisa Candela. Então, tente descobrir o nome da pessoa. Às vezes, antes de falar com uma pessoa, perguntar o nome dela pra alguém que você conhece. Nossa, qual que é o nome daquela pessoa? Ah, perfeito e aí você se direciona até ela, chamando ela pelo nome, se ela está com o crachá dá uma olhadinha no crachá, então e quando não tem essa possibilidade, perguntar o nome da pessoa é interessante e utilizar o nome dela no meio do diálogo, tem gente que pergunta o nome no começo e depois nunca mais menciona. Mas todas as vezes que você mencionar, que interessante, Andressa. Interessante, Andressa. E como que é trabalhar nessa empresa? Caramba, Andressa do céu, hein? Então, se utilize do nome das pessoas. Por quê? Porque nós gostamos de ser chamado pelo nome. Faz parte da nossa identidade, isso gera conexão e vai gerar uma ótima impressão a seu respeito. Isso está relacionado à questão de empatia, está relacionado à questão de ser uma pessoa carismática. Então, essas são algumas técnicas práticas que você pode utilizar no seu dia a dia, tanto no ambiente remoto, quanto no ambiente pessoal, presencial, no âmbito pessoal ou profissional, para gerar ainda mais conexão com as pessoas. Sempre lembrando, pessoal, o mais importante do networking é que você seja você, que seja genuíno. Até mesmo se eu tenho algum interesse, algum objetivo específico, que seja genuíno, seja sincero nas suas palavras, mas que você possa, então, ter compreendido, nessas aulas que nós passamos aqui dialogando, a importância do networking, os tipos, dois tipos de networking que eu trouxe pra vocês, o de longo prazo e os pontuais e estratégicos, mas entendendo que sim, existe possibilidade, existe uma importância pra que a gente possa construir e fortalecer a rede de contatos que nós já possuímos e que possamos buscar trazer mais pessoas para essa nossa rede de contato, porque tudo que a gente planta agora, um dia nós vamos colher. Então, eu espero que você esteja plantando coisas maravilhosas. Se você não estava plantando com essas dicas, que você possa passar a plantar de maneira intencional e que você possa colher, então, todos os frutos maravilhosos de tudo aquilo que você está semeando no dia de hoje. E a gente se vê na próxima aula.