Chegamos então na segunda fase do modelo de Tuckman, que é a fase que a gente chama de Storming. É o momento dos grandes conflitos. As pessoas começam a colocar as suas opiniões, as pessoas começam a entender quais são os seus papéis, os objetivos, o propósito, as prioridades das tarefas. Quando eu digo conflito, eu não estou falando necessariamente de algo ruim, de discussão, de gritaria, de briga, tá? Eu estou falando no sentido de atrito mesmo. Opiniões diferentes, as pessoas começam a entender os limites. Uma das coisas mais legais dessa fase é quando as pessoas começam a reparar o que pode e o que não pode ser feito, esse momento a liderança tem um papel surreal, porque as pessoas vão olhar para você e entender, é educativo, seu comportamento é educativo, entendendo ali o que pode e o que não pode fazer, qual é a cultura, qual é a atmosfera daquele grupo de pessoas, então muitas pessoas elas são, por exemplo, muito descontraídas E elas chegam numa nova equipe E começam a fazer piada Começam a ser mais brincalhonas e tudo mais A sua reação a esse tipo de comportamento É o que vai dar liberdade para que essa pessoa possa fazer isso mais Ou que possa, por exemplo, deixar essa pessoa desconfortável Mesmo que ela continue fazendo E as pessoas ao redor vão ver a sua reação. A reação das outras pessoas em relação a essa pessoa também é algo que, num primeiro momento, você pode dizer assim, ah, com o tempo essa pessoa vai se soltando. Mas o que acontece nos momentos iniciais, eles têm um grande peso em relação ao que vai acontecer dali para frente. A gente está falando sobre construção de uma cultura da equipe. Então, os pequenos conflitos vão começar, onde as pessoas vão entender a responsabilidade de cada pessoa, essa pessoa vai fazer tal coisa, essa pessoa vai fazer tal coisa, essa pessoa está responsável por algo, as prioridades das tarefas, os objetivos, os deadlines, as datas que a gente tem para conseguir fazer as entregas, o propósito do projeto como um todo, os processos que devem ser seguidos, as cerimônias. Então, nesse momento, a gente faz um panorama de tudo aquilo que envolve esse projeto e como ele vai ser a partir daquele momento. E podem acontecer alguns desafios ali naquele momento também para a liderança, conforme você vai observando a reação das pessoas e as dúvidas que surgem também. Pode ser que você descubra que tem gente que chegou ali e te paraqueda, a pessoa não tem nem noção do que é o projeto, por exemplo, enquanto outras pessoas já podem ter sido mais informadas. E quais são as principais estratégias que a gente identifica que podem ser utilizadas nesse momento? O seu papel é de esclarecimento, é um papel educativo. estratégias que a gente identifica que podem ser utilizadas nesse momento. O seu papel é de esclarecimento, é um papel educativo, tá? É um papel de fazer, é um momento de fazer as pessoas entenderem que as diferenças entre elas são benéficas para o projeto. E você vai precisar fazer isso não apenas com a sua fala, mas com o seu comportamento e reação em relação às diferenças com as outras pessoas que você possui, que eu possuo. E você também pode se utilizar de técnicas como de team building, de construção de time. Você pode fazer dinâmicas mais descontraídas para que as pessoas possam se soltar, se você perceber que são pessoas mais tímidas, mais introspectivas, mais introvertidas. Você pode, por exemplo, fazer atividades dinâmicas que façam não apenas que as pessoas se soltem, mas que você possa fazer com que as pessoas se conheçam melhor, que você conheça melhor as pessoas. Coisas que podem ter relação direta com as tarefas, mas podem não ter relação nenhuma com tarefas, seja mais em relação ao âmbito pessoal, apenas julgando o que de fato você está precisando. Pensem que toda atividade, toda dinâmica, ela tem que ter um propósito. Eu não vou fazer dinâmica só por fazer. Preciso fazer a dinâmica entendendo o que eu quero. É uma dinâmica que vai estar relacionada às tarefas, onde eu coloco ali três quadrantes do que a gente tem que parar, do que a gente tem que começar, do que a gente tem que continuar fazendo, isso é uma dinâmica de team building, por exemplo. Mas qual que é o momento? Faz sentido fazer esse tipo de tarefa agora, onde as pessoas acabaram de se conhecer? Provavelmente essa dinâmica se encaixe mais para frente. O momento onde a gente já executou algo e aí agora a gente tem um stop, um start e um continue pra poder fazer. O que a gente precisa parar de fazer, o que a gente precisa começar a fazer e o que a gente vai continuar. Então, essa é uma dinâmica de team building, mas talvez não faça sentido para esse momento inicial. Talvez seja mais interessante você fazer algo onde as pessoas possam se soltar um pouco mais, conhecer umas das outras, conhecer as potencialidades das outras e que você tenha a oportunidade de conhecer ainda mais a sua equipe. Gerar entrosamento entre elas, para que as diferenças não sejam problemas nesse desenvolvimento. Então, tudo bem com a fase 2? Fez sentido para você? Você identifica que talvez a sua equipe esteja nesse momento? Você já passou por esse momento e percebe que talvez a condução poderia ter sido feita de forma diferente e impactar a próxima fase de uma forma distinta? Então, na próxima aula nós vamos falar sobre a frase 3.