E aí, será que você sabe o que falam a seu respeito quando você não está na sala? Talvez você esteja se perguntando se você tem uma marca. Agora que a gente já entendeu minimamente, de maneira superficial, o que é uma marca corporativa, de produto, e uma marca pessoal, eu quero trazer algumas definições, em frases mesmo mesmo do que é marca, marca pessoal. E essa frase que eu disse logo no início, o que falam de você quando você não está na sala, é a definição do Jeff Bezos. Ele diz isso por quê? Ele diz isso por quê? Porque querendo ou não querendo, você achando que você tem ou você achando que você não tem uma marca, ela já existe, tá? As pessoas pensam alguma coisa a seu respeito. As pessoas acham alguma coisa a seu respeito. A respeito do seu trabalho, a respeito de quem você é, a respeito da sua personalidade, a respeito do seu temperamento. Quando você não está presente, as pessoas falam alguma coisa a seu respeito. E é isso que é o que a gente chama de reputação. É o que falam de você quando você não está presente. Ah, Thay, mas eu sei o que as pessoas falam sobre mim quando eu estou presente. Tudo bem, mas não significa que necessariamente o que as pessoas falam quando você está presente é o que as pessoas falam quando você não está. E o que elas falam quando você não está tende a ser o que de fato elas pensam sobre você. Os pensamentos mais profundos que elas têm a seu respeito, os achismos, os preconceitos muitas das vezes a seu respeito. Então, essa primeira afirmação é para você e eu entendermos que sim, todos nós temos uma marca. Nós marcamos as pessoas ao longo da nossa vida. As pessoas com quem você trabalhou, elas pensam algo a seu respeito. As pessoas com quem você estudou, pensam algo a seu respeito. Não sei se é algo bom, né? Muitas das vezes as pessoas, durante o colégio técnico ou a faculdade, elas têm algum determinado comportamento e depois elas mudam, se tornam outras pessoas Ou às vezes são as mesmas pessoas Enfim, muda pra melhor, muda pra pior Mas o ponto aqui não é esse O ponto é, quem estudou com você No colégio, no ensino fundamental No ensino médio, na faculdade Tem algum achismo a seu respeito Mesmo que seja baseado Em relação àquilo que você era E que talvez você possa ser diferente hoje. Quem trabalhou com você, quem foi seu líder, quem foi seu liderado, beleza? Tudo bem? Faz sentido pra você? Então, o que essas pessoas pensam a seu respeito é um conjunto de pessoas, é um conjunto de achismos, é um conjunto de visões a respeito da sua reputação. de visões a respeito da sua reputação. Então sim, você tem uma marca, mas talvez você não tenha o que nós estamos trazendo aqui, o que nós estamos dialogando a respeito de uma construção de marca pessoal. Por que não, Thay? Porque algumas pessoas acham que marca pessoal, diferente do que a gente já entendeu aqui, é número de seguidor. Talvez você pense, ah, é quantidade de seguidores no LinkedIn, quantidade de seguidores no Instagram, quantidade de seguidores no GitHub. E não é isso, tá? Número de seguidor não é a mesma coisa que construção de marca pessoal. Marca pessoal, como eu disse, está muito mais atrelado ao que as pessoas pensam E o que falam de você quando você não está presente A sua reputação, a maneira com que você marca as pessoas A maneira com que você se torna memorável Ok? Na mentalidade das pessoas Então sim, você tem uma marca, mas talvez você não tenha uma construção de marca pessoal. E a definição que eu quero trazer para vocês é a de um especialista no assunto chamado Bruno Andrade, que ele diz assim, marca é um sistema de crenças que traz significado a um produto, serviço, pessoa, nação, time ou organização. Então, eu vou ler de novo para a gente refletir, vamos lá. Marca é um sistema de crenças, de pensamentos, de achismos, de entendimentos, de percepções, tudo bem? Que traz significado, significado a um produto, serviço, pessoa, nação, time ou organização. Então algumas pessoas, por exemplo, torcem para um time de futebol. Então aquele time de futebol, ele não é pura e simplesmente um time de futebol. Ele pode ser uma paixão. Ele pode não ser pura e simplesmente um time de basquete. Ele pode ser um ódio. Um motivo de ira. Tudo bem? Então, as coisas não são pura e simplesmente o que elas são. Elas têm significados. Nós atribuímos significados às coisas. Tem até uma área de estudo muito legal chamada de semiótica que fala sobre o ser humano atribuindo significado às coisas. Então, uma marca, por exemplo... Deixa eu pensar. Vou falar de algo bem polêmico, tá? Nos últimos anos nós tivemos uma disputa eleitoral com dois candidatos, onde as pessoas atribuíam significados a cada um desses candidatos. Talvez um significado de paixão, de amor ou de ódio a cada um desses candidatos, não é mesmo? A gente até viu isso acontecer em grande escala, né? E pessoas deixando de falar com as outras discussões. Por quê? Somos muito bons em atribuir significado a produtos, serviços, pessoas, nação, time ou organização. Está fazendo sentido para vocês? Então sim, as pessoas atribuíram significados a você. As pessoas atribuíram significados a mim. Mas talvez a gente não saiba quais são esses significados. Talvez a gente não saiba quais são os adjetivos que as pessoas se utilizam para poder falar a respeito de nós. E aí que vem o que é a construção de marca. E eu trago uma definição que eu mesma cheguei nesse entendimento e quero compartilhar com vocês. Que é o seguinte. Construção de marca pessoal. Marca pessoal. É marcar. É marcar. Intencionalmente. Então talvez o que as pessoas pensem a seu respeito, o significado que as pessoas têm na mente delas a seu respeito, talvez não tenha sido uma construção intencional. Então você tem uma reputação. Mas talvez não tenha sido intencional. Agora, construção de marca é intencional. É intencional. É marcar intencionalmente e de forma estratégica as pessoas pra que elas se lembrem de você, da forma que você gostaria de ser lembrado. Beleza? Lembra que eu disse no momento onde eu estava me apresentando no Quem Sou Eu? Eu contei fatias da minha história uma por vez? Se eu tivesse contado apenas uma fatia a respeito de quando eu entrei no colégio técnico de programação e que depois eu entrei na matemática aplicada na Unicamp e construindo ali uma história de tecnologia e só tivesse contado isso? e construindo ali uma história de tecnologia e só tivesse contado isso? Talvez agora você pensaria, você completaria as lacunas que faltaram da minha história. Por quê? Porque o cérebro humano é maravilhoso em completar lacunas. Então, talvez nesse momento você pensaria, nossa, então ela fez matemática, fez colégio técnico, nossa, ela é uma programadora. Ela evoluiu na carreira como uma programadora, como arquiteta, se eu não tivesse contado o restante da história. Está fazendo sentido para vocês? Por quê? Porque nós escolhemos o que nós permitimos que as pessoas saibam. E o que nós não contamos será preenchido com, não serão mais lacunas, serão lacunas preenchidas. Então, a escolha intencional e estratégica do que nós vamos permitir as pessoas saberem, do que nós vamos comunicar para as pessoas, é, na minha visão, no meu entendimento, o processo de construção de uma marca pessoal. Talvez as pessoas ainda não te conheçam por aquilo que você quer que elas te conheçam. Talvez as pessoas ainda não saibam de algo que você quer que elas saibam. Talvez as pessoas ainda não respeitem o conhecimento que você possui porque você ainda não as comunicou intencionalmente, de forma estratégica. Talvez você nem deixou que a sua liderança de fato soubesse da capacidade que você possui para ocupar um determinado cargo, posição ou receber uma promoção que você tanto almeja. E a responsabilidade, na maioria das vezes, não vou dizer 100% das vezes, mas na maioria delas, é sua, é minha. Aquilo que nós somos, aquilo que sabemos, aquilo que queremos e aquilo que podemos fazer. Então, respondendo a pergunta inicial dessa aula, sim, você tem uma marca. Sim, você tem uma reputação, algo que dizem a seu respeito, mas talvez não. Talvez não seja algo intencional, não seja estratégico, não seja aquilo que você deseja. E caso não seja aquilo que você deseja, precisamos mudar isso. E caso seja, ah, por consequência, nossa, eu nem fiz de maneira intencional, e calhou que deu certo. As pessoas me conhecem por aquilo que eu gostaria de ser conhecido. Maravilhoso. Que tal tomar as rédeas dessa marca? E conseguir resultados ainda maiores e potencializar os ganhos e os benefícios que você já tem tido? Que tal? Agora que você já sabe, bora para a próxima aula para a gente entender um pouquinho mais, então, das consequências, dos benefícios de uma boa construção de marca pessoal. Até já!