Delegar não é apenas passar para outras pessoas tarefa e pronto e acabou. Sem dúvida isso vai depender muito do tipo da tarefa, do contexto do projeto, da maturidade da pessoa, do nível de conhecimento que ela possui. Então, escolher uma pessoa a quem nós iremos delegar é uma decisão que precisa ser muito bem pensada. é uma decisão que precisa ser muito bem pensada. Nós podemos, por exemplo, escolher alguém que irá receber uma tarefa a fazer porque nós precisamos desafiá-la, porque nós precisamos que ela seja colocada num contexto que a leve para um outro nível de conhecimento e capacidade. Pode ser parte do plano de desenvolvimento dessa pessoa para que ela alcance novos patamares. Agora, existem contextos dos quais nós vamos delegar para outras pessoas porque nós precisamos utilizar o nosso tempo com outras tarefas. Então, pessoas que possuem um nível de responsabilidade, maturidade, conhecimento que seja necessário para aquela tarefa e que irão conseguir executar sem grandes problemas ou sem a necessidade de um grande acompanhamento. De novo, isso depende muito da tarefa, do projeto, do contexto, até mesmo da cultura da empresa, ok? De como nós queremos desenvolver as pessoas da nossa equipe. Mas nós precisamos ter consciência que quando nós não delegamos ou não desenvolvemos essa habilidade, nós provavelmente, eu digo isso com 99% de certeza, de que nós estaremos colocando a nossa empresa e os nossos projetos em grande risco. Existe um problema gigantesco. Na verdade, são várias as consequências do não delegar para uma liderança. Quando nós não delegamos, por exemplo, nós podemos gerar uma desmotivação para a nossa equipe. E se tem algo que a gente não quer, é ter uma equipe desmotivada. Quando nós centralizamos as tarefas, as decisões, tiramos a autonomia das pessoas, ao invés de delegar, dar essa possibilidade para as pessoas, tanto em termos de execução quanto de decisão, nós, além de desmotivar as pessoas, provavelmente nós estamos distribuindo o nosso tempo em tarefas mais operacionais do que tarefas que sejam relacionadas de fato ao nosso papel de liderança. Seja em mentorar as pessoas, seja em olhar para um negócio, seja em pensar nas estratégias, seja olhar para o futuro e não apenas para as tarefas que precisam ser executadas no momento presente. Então, existem níveis de delegar. Não é pura e simplesmente falar, faça aí, valeu, falou. Então, num primeiro momento, a gente tem que tomar uma boa decisão sobre qual é essa tarefa, qual é esse projeto e para quem eu irei delegar. E aí, tudo que eu comentei agora precisa ser levado em consideração. A tarefa em si, o contexto, a cultura da empresa, o nível de criticidade dessa tarefa, quais são os riscos. Se essa tarefa não for executada da melhor maneira possível, quais são os riscos e as consequências? Se essa tarefa não for entregue no prazo ao qual nós temos que entregar, quais são as consequências? O nosso papel requer de nós pensar nas consequências das decisões, principalmente ao delegar. E olha só que interessante, se nós decidirmos também não delegar, que pode ser uma decisão, é uma das opções. Nós também precisamos pensar nas consequências dessa atitude, dessa decisão. E muitas vezes a consequência é muito maior do que nós podemos imaginar. Então, nós precisamos pensar no impacto disso para a nossa equipe, para o nosso tempo, para a nossa gestão de tempo e também para o impacto na empresa e no projeto ao qual nós estamos inseridos. Beleza? Na próxima aula, vamos para uma teoria que fala a respeito dos sete níveis de delegação. E aí a gente vai começar, então, a parar para refletir não apenas se eu tenho ou não dificuldade de delegar, mas qual é o nível de delegação que eu preciso em cada um dos contextos que eu estou inserido, ou das tarefas das quais eu preciso executar, mas que eu vejo que existe uma possibilidade de delegar, mas talvez não delegar com 100% de autonomia, vamos entender um pouco mais na próxima aula. Até já!