Bom pessoal, no vídeo anterior eu falei um pouco com você sobre Go-To-Market, que é jogar o seu produto no mercado, a gente falou sobre hipóteses de produto, criando um mínimo produto viável, a gente falou de conseguir um fit de mercado para o produto, e a gente falou também levemente sobre o canal de aquisição, ou seja, como que eu consegui trazer o meu produto para o mercado para que os meus clientes pudessem ver. Legal? Agora que a gente entendeu essa história, tudo isso que eu mostrei para você faz parte do marketing. Ou seja, o marketing começa a criar algumas estratégias. Agora, a gente tem um problema muito grave nesses pontos, é que no caso que eu contei para vocês, eu conseguia sentir a dor do meu usuário. Por outro lado, o que acontece? Existem várias vezes que você vai criar um produto que você não é o público final, você não é o público-alvo, ou seja, você não vai ser o consumidor. Vamos imaginar o seguinte, nós somos desenvolvedores e a gente resolve entrar no mercado de agronomia. E eu quero, por exemplo, gerar alguns reports, fazer umas consultorias sobre o que está acontecendo no mundo da agronomia. Eu tenho esse desafio aqui pra mim. Cara, eu sou agrônomo? Não sou. Eu sinto a dor que um agrônomo tem? Não, eu não sinto essa dor. Então, nesse momento existe uma mínima conexão da pessoa que está ajudando a criar um negócio, a colocar um produto no mercado com o público. E nesse momento as coisas começam a ficar cada vez mais difíceis, porque eu preciso na minha cabeça saber quem eu quero atingir. Então perceba a diferença quando a gente é o consumidor final, da mesma forma quando a gente não é esse consumidor final. E normalmente quando a gente faz isso, a gente tenta setar algumas coisas. Um, é o público-alvo, ou seja, a pessoa que você quer atingir, mas esse público você tem alguma ideia, por exemplo, ah, eu vou tentar atingir engenheiros agrônomos, porque esse meu produto pode servir para esses caras. Perfeito, esse é um público que eu estou criando, mas o problema é que esse público, na realidade, sempre ele é feito de pessoas e eu posso ter diversos perfis de pessoa. E é aí que a coisa acaba complicando, tá? Então é por isso que nesse tipo de momento momento onde você quer atingir as pessoas você tem que fazer algo que é criar algo que a gente chama de persona ou um avatar o que que isso significa você pega possíveis características de pessoas que poderiam gostar do seu produto. Eu vou dar um exemplo aqui no meu produto de programação, né? Do curso de HTML, CSS e JavaScript. Eu poderia pensar que eu estaria vendendo pro João, tá? O João é uma pessoa de 20 anos de idade, né? Ele está fazendo faculdade na área da ciência da computação, ele está querendo aprender a programar e criar sites, né? O João momento a renda dele é muito baixa, o João naquele momento ele está morando com os pais, o João naquele momento ele está começando a gostar da área de computação, começando a gostar da área de computação o João também ele gosta muito de fazer trabalhar na área de jogos não trabalhar jogar ele gosta de muito a coisa de jogo né então quando conforme eu vou pensando no João eu começo a mapear e entender as características das pessoas que eu tô querendo chegar. Olha só que interessante. Então, já que, por exemplo, o João é uma pessoa que gosta de jogar, talvez eu possa fazer alguma parceria com alguns portais de jogos mostrando o meu produto para pessoas que têm em torno de 20 anos, que gostam da área de tecnologia e que talvez poderiam gostar do meu nível de produto. Então, é importantíssimo eu conseguir fazer o mapeamento dessas coisas. E normalmente, quando a gente vê um produto vendendo e etc., a gente pensa, o cara foi lá, fez uma propaganda e chamou as pessoas. Não. Quando você faz isso de uma forma mais profissional, você realmente cria esses avatares, essas personas, para que a gente conseguisse atingir essas pessoas de forma maior. Eu vou dar um exemplo. Eu poderia criar o Francisco. O Francisco o que ele é? Ele é uma pessoa de 35 anos, ele já é programador, mas naquele momento ele é programador COBOL. E ele tem uma dor muito grande, é que ele está vendo que COBOL está sendo pouco utilizado, que a parte de web está crescendo cada vez mais e ele tem que aprender a computação. O Francisco tem uma dor muito grande, ele tem medo de ficar para trás, ele tem medo de ser extinguido na profissão dele. Por outro lado, o Francisco tem filho, ele tem que cuidar do filho à noite, e ele tem pouco tempo para estudar, e ele não pode ir, por exemplo, numa escola física para aprender a trabalhar com web. Então, nesse momento, eu criei um perfil e na hora que eu quero falar com esse mercado, eu penso, esse tipo de ação vai pegar o Francisco. Eu vou falar para o Francisco que aprender web é possível, que eu tenho uma solução que vai ajudar para ele, que independente do tempo que ele tem, ele pode fazer na hora que ele quiser. Na hora de eu falar de dores, eu posso falar, se você tem medo de ficar pra trás, se você trabalha com uma tecnologia que tá ficando pra trás, você precisa aprender coisa nova. Se você perceber, a forma como eu abordo o Francisco é muito diferente da forma como eu vou abordar o meu amigo João. Então, nesse momento, a gente precisa sim entender um pouco mais sobre personas e avatar. E, normalmente, quando você cria o produto, você mapeia todas essas pessoas, tá? Mas agora aqui que está a parte mais interessante. Você volta naquela parte de hipóteses falando. Eu acho que uma pessoa de 20 anos de idade que gosta de jogo vai querer comprar meu curso então eu vou para o mercado aí quando eu vou para o mercado eu tento testar essa hipótese e falo poxa não, o cara só quer jogar ele quer aprender a desenvolvimento de games com Unity 3D então nesse momento eu vejo que aquele meu produto não serve para aquele meu tipo de mercado entende? Então, isso aí vai nos ajudar muito. Então, esses termos que eu estou tentando trazer para você, é para que você consiga ter uma ideia um pouco mais global do marketing, para a gente ir chegando em toda essa parte de growth, que gera uma confusão muito grande entre growth e marketing. Beleza? Então, vamos nessa.