Meu Deus, então, que preocupação, né? Primeiro, você diz que o nosso cérebro não se lembra de quase nada, que a nossa memória de curto prazo é de alguns segundos, né? Eu vou tentar prestar atenção no que a pessoa está dizendo de maneira plena e eu não vou lembrar de tudo, certo? Exato. Segundo, ainda vai passar pelo filtro da minha emoção. Depende de como eu vou me sentir, eu vou salientar aquilo que realmente for importante para as minhas emoções, que me impactar de alguma forma e não necessariamente é aquilo que a outra pessoa gostaria que eu prestasse mais atenção, que chamasse mais a minha atenção, que me impactasse mais. Então a questão da emoção já entra ali no meio e se torna um grande filtro daquilo que eu realmente vou absorver ou não, daquilo que eu vou me lembrar ou não. filtro daquilo que eu realmente vou absorver ou não, daquilo que eu vou me lembrar ou não. E aí, então, o terceiro aspecto, ele é extremamente interessante, que é o seguinte, quando nós ouvimos algo que a outra pessoa está falando, além de todos esses aspectos que eu já mencionei da neurociência, tem um terceiro, que é o seguinte, quando nós recebemos uma informação nessa posição de escuta, quando nós vamos buscar recordar o que disseram, o nosso cérebro faz uma reescrita. Então, do pouco que a gente absorve, do pouco que a gente armazena, o nosso cérebro ainda faz uma reescrita. Ele reescreve do jeito que ele quer, de forma inconsciente. Então, se eu estou num diálogo com alguém e eu tento me recordar, aquilo que você está se recordando provavelmente não são as palavras exatas e as ideias exatas. É uma reescrita inconsciente do seu cérebro que também está atrelado às questões emocionais. Interessante, né? Então, agora que nós sabemos que estar nessa posição de escuta é muito mais do que simplesmente parar e ouvir o que as outras pessoas estão dizendo, a gente começa a entender a necessidade da presença plena, de estar realmente presente enquanto estamos conversando. Porque se nós estamos ouvindo o que a outra pessoa está dizendo e estamos fazendo alguma outra atividade, estamos na rede social, estamos escrevendo um e-mail, estamos fazendo algo que requeira a nossa atenção, provavelmente a gente não vai conseguir absorver muita coisa. Provavelmente se eu estou ali diante de uma pessoa olhando para os olhos dela, não estou mexendo no celular, não estou fazendo nada além de olhar para ela, mas o meu cérebro está vagando, pensando no que eu vou responder ou pensando na morte da bezerra, como minha avó diria, pensando num problema, pensando numa preocupação, pensando no dia de amanhã, pensando em algo que eu tenho que fazer daqui a pouco, eu não vou conseguir absorver muita coisa, porque tudo que eu disse para vocês, os três pontos da neurociência, é se eu estiver prestando atenção plenamente. Agora imagina se eu não estiver prestando atenção plenamente Aí a minha capacidade de absorção daquilo que está sendo dito Vai ser quase nula Ok? Então esse entendimento nos leva para os princípios da escuta Agora que a gente já entendeu que esse negócio é muito sério Como então nós podemos trabalhar, melhorar e sermos melhores escutadores para as pessoas? Porque estar numa posição de liderança requer uma escutativa. Seja por conta de um requisito de projeto, seja para entender a visão de onde nós queremos chegar, seja em relação a mentorar, dar feedbacks, estar num one-on-one, uma reunião individual com uma pessoa liderada, receber um feedback em relação a algo que eu preciso trabalhar e crescer e evoluir, aperfeiçoar e lapidar em mim mesma como profissional, tudo isso requer de mim uma escuta ativa. E os princípios da escuta ativa são validação, empatia e investigação. Agora a gente entra de fato no entendimento de como eu mudo isso, como eu melhoro essa minha habilidade. Então, agora que a gente já entendeu a importância da escuta ativa e como o nosso cérebro funciona. da escutativa e como o nosso cérebro funciona. Na próxima aula eu vou trazer algo prático em relação a esses três princípios que você pode começar a utilizar no minuto seguinte.