Está bastante claro que a computação em nuvem tem um impacto muito importante nessa jornada histórica e de evolução que nós vimos até agora dos diferentes tipos de banco de dados. Então, este momento em que a computação em nuvem encontra os bancos de dados em sua evolução, é um momento bastante interessante. Por isso, eu quero compartilhar com vocês uma recapitulação dos conceitos fundamentais de computação em nuvem, porque isso vai nos ajudar a compreender melhor ainda o posicionamento moderno das plataformas de dados que estão utilizando computação em nuvem justamente para alavancar o potencial dos seus serviços. Então, vamos começar comentando um pouco sobre a definição de computação em nuvem proposta pelo NIST. O NIST é o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias dos Estados Unidos. E aqui nós vamos encontrar uma definição bastante interessante, bastante completa. Então, primeira coisa para a gente falar de computação em nuvem, antes da tecnologia, antes dos serviços que estão lá disponíveis e dos três, quatro grandes provedores de computação em nuvem que nós temos no mercado, temos que pensar que computação em nuvem, antes de mais nada, é uma abordagem de negócio. É uma forma de consumir computação. E justamente essa computação pode estar sendo realizada, obrigatoriamente, com hardware, com software e com pessoas que operacionalizam este hardware e software para a gente. Então, esta abordagem de negócio, de entrega de tecnologia da informação, de acordo com o NIST, precisa apresentar cinco características essenciais. Primeira característica, autosserviço sob demanda. Nós vamos encontrar aqui duas palavras importantes. Autosserviço significa que você e eu devemos ser capazes de consumir os serviços de computação em nuvem de maneira autônoma, sozinhos, sem precisar da intervenção de alguém para fazer este consumo. Na prática, a gente vivencia isso instanciando máquinas virtuais, inicializando serviços de desenvolvimento, que são as plataformas, ou consumindo serviços de funções, como por exemplo Lambda, lá em AWS. Então, esta capacidade que nós temos de entrar em uma console visual ou de disparar uma linha de comando e iniciar o consumo de algum dos nossos serviços de interesse naquele provedor de nuvem, significa autosserviço. A outra parte, aqui sob demanda, significa que nós vamos utilizar exatamente aquilo que nós precisamos neste instante de consumo. O paralelo aqui é em relação à compra tradicional de hardware, que aconteceu no passado. Então, num data center, você precisava provisionar hardware, comprar memória RAM, CPU, discos, para um determinado espaço de tempo. Geralmente era um universo de 5 anos. Então, naquele momento da compra, você tinha um recurso super dimensionado, porque a sua demanda era menor. Mas como você precisava enxergar um universo de 5 anos, então você fazia uma compra muito maior, porque demorava meses para você concluir esse processo, mais o tempo de entrega, de instalação, então não era uma coisa ágil. Então, como consequência da maneira tradicional de comprar hardware, significa que você tem uma subutilização no começo, que você está consumindo aquele hardware que você acabou comprando. E geralmente o negócio cresce de uma maneira bastante acelerada e naquele período que você previu o seu hardware, no final do período geralmente falta. Então ele fica super utilizado no final. Então a nuvem entrou aqui justamente para ter essa característica de ser sob demanda, do tamanho certo para a carga de trabalho do momento atual. Dois, a característica número dois, amplo acesso pela rede. Ou seja, independente da geografia em que nós clientes estamos, nós precisamos ter acessibilidade aos serviços. Então, é por isso que a gente vê nos provedores de nuvem uma oferta tão grande de provedores de nuvem, de regiões dos provedores de nuvem e de zonas de disponibilidade, que são os data centers dentro de cada uma dessas regiões. Então, essa distribuição geográfica é muito importante e garante esse amplo acesso pela rede. Terceira característica essencial tem a ver com o compartilhamento desses recursos tecnológicos, que são coletivos e são justamente compartilhados entre múltiplos clientes. Então, eu e você somos clientes de um provedor de nuvem e nós consumimos recursos que são compartilhados. A quarta característica tem a ver com a elasticidade rápida e aparentemente infinita. Esse ponto nós até podemos conectar com o primeiro, quando eu comentei sobre a demanda, que é começar do tamanho certo, ter elasticidade rápida para atender a minha demanda de negócio e que eu não tenha uma parede em relação a compra de recursos ou ter que fazer todo um processo de instalação de mais hardware. Então, o número 4 nos trata de elasticidade e essa elasticidade pode ser tanto para aumentar, no caso de uma alta requisição, problema de como é que compra, instala e coloca em operação toda essa infraestrutura sofisticada que é necessária num provedor de nuvem, num data center. E vamos para a quinta característica, também muito importante, que tem a ver com observabilidade do consumo. Então, nós precisamos ser capazes de medir, controlar e observar o nosso consumo de recursos computacionais e, consequentemente, o nosso custo, o quanto estamos gastando com esta operação. Então, com isso, nós passamos pelas primeiras cinco características essenciais da computação em nuvem, que é uma abordagem de negócio e de entrega de tecnologia da informação.